Núcleo Cultural Yasmine Amar - Dia Internacional da Dança SESC Arsenal 2012 |
"No
Egito, numa cidade chamada Bubast, as sacerdotisas costumavam uma vez por
ano descer até o rio Nilo, durante os festivais que reverenciam as deusas
femininas, para cantar, queimar incensos e tocar sinos que mais tarde foram
substituídos pelos sagats. O
som desse instrumento era para invocar a deusa Bastet,
protetora das dançarinas e das mulheres que cuidavam de crianças pequenas.
Acreditava-se que a bailarina purificava o ambiente ao dançar com os sagats."
A
origem é bem remota. No entanto, no Egito, desde as dançarinas gawazee, bem
mais recente, a utilização dos sagats é muito comum. Muitas delas tocam
levemente, mas utilizam o instrumento para compor sua dança. O que pode ser
observado em vídeos das dançarinas da Era Dourada (Naima Akef, Samia Gamal, Taheya Karioka),
bailarinas que marcaram a transição entre a dança gawazee e o
que conhecemos hoje por Raqs El Sharqi.
A
Utilização
Os sagats não estão no mesmo patamar do derbake, doholla, duff, etc , ou seja, apenas acompanham a percussão de linha tornando-a mais alegre e envolvente. Por isso, especialmente quando utilizados pela dançarina, sua utilização deve ser simples, descomplicada e fluida.
O
Toque dos sagats pela
BailarinaDançarina
1-
Vibração Sonora de uma Nota: é a durabilidade sonora da nota dentro de uma
frase rítmica (batida)
2-
Acentuação Sonora de uma Nota: é a nota que possui toque mais forte tornando-a
mais nítida dentro da frase rítmica.
No caso do toque dos sagats, não há necessidade de você demonstrar a acentuação sonora na leitura dos "DUMS", pois os instrumentos musicais de linha estarão fazendo isso. Portanto, quanto mais natural e espontâneo for o toque, melhor. Também não há necessidade de serem tocados durante toda a peça musical. É importante sentir a música e perceber os melhores momentos para tocá-los.
No entanto, por não estarem os sagats no mesmo patamar da percussão (derbake-doholla-duff), não há necessidade dessa preocupação com acentuação sonora, mas sim, com vibração sonora. Essa preocupação, muitas vezes, só dificulta o aprendizado fazendo a dançarina desanimar e acabar desistindo de tocar sagats.
Para
que você desenvolva sua habilidade e, acima de tudo, sinta prazer em tocar os sagats em
sua dança, é preciso que haja maior entrega e o aprendizado em ouvir a música,
em primeiro lugar.
Conhecer
os principais ritmos árabes facilitará sua percepção e treinar o toque dos sagats ao som de base rítmica é fundamental para então partir para seu estudo em peças musicais.
A
Utilização dos Sagats no
Ensino da Dança Árabe
Eu,
particularmente, gosto de utilizar os snujs para introduzir conceitos musicais,
especialmente a percepção rítmica, às minhas alunas.
Atualmente,
estou experimentando introduzir o estudo dos sagats já
na iniciação da aluna em Dança Árabe, pois facilita no aprendizado da
musicalidade como um todo.
No entanto, não há uma regra e você pode desejar dominar mais os movimentos corporais para adentrar no estudo desse instrumento musical que requer bastante coordenação motora fina e percepção rítmica.
A
dica principal para tocar sagats é: treine
Você
não vai aprender a tocá-los deixando-os na gaveta.
Qualquer
metodologia é inútil se não houver dedicação e treinamento. E vale tudo: fazer
diagonais com deslocamentos e toques ou simplesmente caminhar pela casa tocando
alegremente e fazendo música com os dedos!
Aprecie!
Divirta-se e encante a todos com a musicalidade que pode emitir com os sagats!
Nem sabia que esse método da Sherazade era o que eu aplico para minhas alunas!
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