sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Dança Turca Cigana ou Turkish Romani


História

Nos tempos antigos, há cerca de quase 1000 anos atrás, o povo Rom imigrou da Índia e do Egito para a Pérsia, Turquia, Armênia e Grécia. Entre os séculos XIII e XV, eles chegaram e se hospedaram da Europa. Chamado de "viajantes" na Europa, assumiam ocupações que lhes permitissem viajar. Como resultado de seu estilo de vida temporário, os Rom tendiam a recolher movimentos de dança de vários lugares por onde eles passaram. Hoje, há uma grande comunidade de pessoas ciganas que vivem na Turquia. 

Sua dança tornou-se uma das danças nacionais da Turquia e ao povo turco se referem a ela como "Dans Roman".
 
Metin And, um especialista turco em danças folclóricas turcas, diz que há grandes similaridades entre muitas danças folclóricas turcas e as danças dos Bálcãs (Iugoslávia, Romênia, Bulgária e Grécia).   
As danças turcas se desenvolveram em dois planos diferentes, e em dois contextos culturais: Istambul, capital do Império Otomano, algumas outras cidades grandes, e as vilas rurais. 

O Sr. And sustenta que o isolamento geográfico de vilarejos remotos ajudou a preservar mais de mil danças folclóricas. Esses camponeses são os fragmentos incertos das hordas nômades que vagavam para a Ásia Menor na Idade Média, alguns dos quais ainda são semi-nômades.




Ritmo

A música turca tem padrões de ritmo complexos e incomuns, como o "asak" que são polirítmicos e assimétricos como 9/8, 9/4, 10/8 e 7/8. a palavra "karslima" significa "defronte", e essa dança era do gênero folclórico onde duas filas de dançarinas se encaravam. a fim de "pegar a música e suas nuances, você tem que esperar ou acelerar seus passos - e eis o grande desafio para a dançarina ocidental, acostumada com ritmos ais lineares. Superado este obstáculo, a dança é simples, forte e e de uma sensualidade ímpar. Esta dança contem ampla gama de humores e sentimentos para o dançarino expressar, incluindo acontecimentos do dia a dia.
A contagem desse ritmo é percebida coo 1 -2 -3, 4 5

Figurino:

Os trajes são coloridos, as mulheres enfeitam seus cabelos com lenços ou simplesmente deixam-nos soltos sobre os ombros. Cachecóis e xales de cores vivas, alguns bordados com fios de ouro, vestidos ou sais rodadas normalmente sobrepostas a uma calça que pode ser a "calça harém", utilizada para dançar "sulu kulê", dança também de origem turca.








    
Clara Sussekind
Gestos e Movimentos:  
Gestos que os dançarinos usam tipicamente são do cotidiano, incluindo a lavagem de roupas, limar o suor, admirar as próprias jóias que adornam suas mãos, dentre outros. Alguns movimentos são feitos com os dedos cerrados como se estivesse socando o ar, e também os quadris, simbolizando a força. a expressão facial e corporal traduz poder, ousadia e até mesmo uma certa arrogância. As mãos também podem marcar o ritmo com estalos, palmas e socos no ar. Como em outras formas de dança folclórica, o ritmo é evidenciado e pode ser feita uma marcação de pés que varia muito conforme o andamento da música mas inclui passadas e contratempos. Geralmente os movimentos abdominais e de quadris são feitos da seguinte forma: a área do umbigo contrai ao ritmo e contagem dos cinco tempos. É uma movimentação bastante típica. A movimentação ocorre em toda bacia pélvica, mas sempre partindo do ventre. Predominantemente, ocorrem muitas torções e círculos de quadril. É comum também algumas mulheres demonstrarem força e flexibilidade com o movimento da queda turca e outras evoluções no solo. Os giros se fazem bastante presente nesta dança, com a saia bastante rodada, como na maioria das danças ciganas.



Miriam Peretz
Indicações de Bailarinas para estudo:

Reyhan Tuzsuz,

Artemis Mourat,

Sema Yildiz,

Myriam Peretz e

Clara Sussekind.









Referências da pesquisa: 

1- Gilded Serpent, Belly Dance News- Events>>Turco"Roman Gypsy Dans"opyright 1998 - to current date by Gilded Serpent,LLC

2- Biblioteca de Dança

3- Workshop "Miscelânea Cigana" com Yasmin Nammu (Itália) em São Paulo (2013)

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